20/05/2009

Futre - O Génio Esquecido


A toda hora e em qualquer momento se fala de Eusébio. Sempre que à uma grande competição a nível de selecções recorda-se o seu conjunto em 66 ou então o Chalana, o Gomes, Néné, Jordão e companhia no Europeu 84. Nos anos 90 fomos testemunhos do nascimento da geração de ouro liderada por Figo e Rui Costa, que ultrapassou barreiras e igualou recordes únicos como a final do Euro 2004 ou até mesmo a fixação de Pauleta como melhor marcador de sempre.
Por entre todos os talentos da historia do futebol português, à um que por mais estranho que seja foge muito à memória da pátria. Um génio que caí muitas vezes no esquecimento; Paulo Futre um dos melhores jogadores portugueses de sempre que se formou no Sporting e que obteve maior sucesso no FC Porto. Jogou ainda em Itália, Inglaterra, França, no Japão, mas foi em Espanha que foi rei e senhor no Atlético Madrid. Futre é da tal forma idolatrado em Madrid que acabara por ficar lá a habitar definitivamente.
João Pinto que chegou a ser seu colega também na Selecção e no Benfica disse recentemente numa sessão do Domingo Desportivo que quando chegou a Madrid oriundo do Boavista, nunca tinha visto tal coisa na vida. Era uma loucura toda a estima, amor e dedicação com que o Paulo era tratado por todos os habitantes de Madrid. "Sentia-me um menino à beira dele. Futre era o maior".
Esquecido por uns ou venerado por outros, Portugal dificilmente voltará a conhecer um pé esquerdo tão rápido e imprevisível. Se hoje temos Figo e Cristiano Ronaldo na direita um dia já tivemos Chalana e Futre na esquerda…

O Calendário de Futre


Numa entrevista dada recentemente, Futre assumiu um dos seus maiores vícios: o tabaco. “Chego a fumar dois maços por dia”. O vício não é recente e ao que parece acompanhou toda a sua carreira: “Comecei a fumar aos 12 anos e nunca mais parei. Quando era profissional tinha um calendário para fumar. Fumava doze na terça, dez na quarta, oito na quinta, seis na sexta, quatro no sábado e um no domingo, depois do almoço, antes do jogo. Depois do jogo fumava os que queria. Acabava o duche e tomava na casa de banho.”

1 comentário:

rui schumi disse...

Sem dúvida que é justíssima esta "homenagem".

Um craque!

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