Segunda-feira, dezanove horas e quarenta e cinco minutos, 25ª jornada da Liga Sagres. Como este deve haver muitos, mas o Naval – Leixões ficou-me na retina talvez por lhe ter dado demasiada atenção.
Encontrei um jogo táctico, mexido, diga-se por sinal até bem jogado dentro das quatro linhas e um estádio com cadeiras verdes e algumas brancas. Essas consegui vê-las todas. Ou melhor, quase todas. É que afinal, com uma pesquisa rápida descobri que ainda houve quem fosse ao estádio. E esses, eram da Naval, que adeptos... Incansáveis, sofredores e solitários, demasiado solitários até. Acho que lhes ficava bem uma espécie de You´ll Never Walk Alone, tal como fazem em Anfield. Só que, a dado momento do jogo (para ai aos 30 segundos) deixei de os ouvir, e passei a escutar os berros dos técnicos Ulisses Morais e José Mota enviados para dentro de campo. Nessa altura até pensei: é isto que o futebol português tem de bom. Quando é que os ingleses vão conseguir descobrir as instruções dadas por Fergunson para o relvado? E os italianos, como saberão o que diz Mourinho?
Há muitos aspectos que distinguem o futebol português como o eximio profissionalismo dos arbitros que raramente geram controrvérsia, a mentalidade competitiva dos treinadores que (raramente também) fazem declarações baseadas nos erros de arbitragem ou em conspirações contra dirigentes e clubes ou até mesmo a organização da própria federação que não apoia e permite que clubes fiquem uma época inteira sem pagar ordenados. Este é apenas mais um deles.
Em relação ao jogo, esse ficou 1-0 com o golo a ser apontado de cabeça pelo central Paulão. Entretanto a Liga Sagres continua ao rubro com o FC Porto próximo de sagrar-se novamente campeão, e as 2 equipas que cairão no segundo escalão praticamente definidas.
Sem comentários:
Enviar um comentário